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Num volte-face, quando eu puder, viro menina-mulher.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Vira que vira e torna a virar; Viana, formosa, Viana sem par.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

   Meu lenço que me descobriu o cabelo, com propósito pecador. Eu avisei que sou desgarrada. O tresmalho não me vem apanhando e nem rede miúda... Assim, bem vês, que se me queres a emalhar, como um robalo, me debatendo, vê primeiro se não te dói em prejuízo, a minha recusa. Gorado está o interesse, quando não há coração para fisgar. 
      E o sal arde-me: o peito oco,  chagado, me arde. 

Julgo que vai cambar para o lado errado. Assim acoito-me.
 Beijo: desafio dicotomicamente natural e monstruoso. Os cobardes não beijam.
 E quando são roubados, queixam-se, ardentemente convictos da sua  inocência. 




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(salvus conductus)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Fadistagem, fadistagem, agora é q'eu percebi.
   Fico debaixo do chuveiro tantas vezes, tanto tempo... Já não sei se  tenho a alma limpa ou o coração molhado. Alivia-me chorar na água. Disfarça. Nem eu consigo entender o quanto choro. É a chamada cobardia aparentemente assintomática. Isto sim, é ser cobarde com gabarito!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Escrever a cinzento é, definitivamente, coisa de cobarde.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tomar banhos prolongados só pode ser coisa de cobarde. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Quero dormir para sempre.
Dormir para sempre não é morrer?
Não. Dormir para sempre é dormir para sempre.
É preciso ter souplesse e eu desengracei.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

   Puxa-lh'a saia! Agarra-lh'os braços, agora! Gira, gira, gira! A saia de cós alto girava... Nós girávamos! Ahahahah! Como te ris! Adoro quando te ris assim, sabes? Adoro. Há tanto tempo que não te rias... Não pares; gira, gira, continua a girar! Estou tonta. Não vale parar! Mas não está a valer! Está, pois. A vida é sempre p'ra valer. 
   Desta vez cheguei eu primeiro ao bar. Está um cheiro pestilento a fritos, aqui. O Gato lá está, no canto usual. Magoado, bêbedo e gasto. Maldizendo Deus, apaparicando a Sílvia. Não suporto mais este chiqueiro    dos matrecos...  Nem a telefonia, nem os jornais desportivos e suas tertúlias. Fico. Fico porque sou cobarde. Destes fantasmas dou conta, de outros não sei. 
   Desta vez tive sorte. Ninguém preencheu as cruzadas do JN. E enquanto debico a minha cerveja, tento lembrar-me do símbolo químico do cúrio. O que raio é o cúrio? 
   
São expressão da mais pura cobardia, as palavras que não tenho.
"Fecha-me os olhos e eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos e poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca poderei chamar-te.
Corta-me os braços, adorar-te-ei
Com o coração e com as mãos.
Trespassa meu coração, latejará o meu cérebro.
E se incendiares o meu cérebro,
Mesmo assim,
Levar-te-ei no meu sangue…"