Não coagula. Não estanca.
Tampouco se compadece.
O tempo já não me dá tempo para nada.
Despassarou-me toda.
Agora ficava aqui para sempre, que é todo o tempo.
Mas o tempo, teimoso, erra-nos.
Às vezes eu corro, outras vezes eu espero,
E o tempo ainda não me ritma.
Depois eu perco pela demora.
Depois Alguém vai embora.
O tempo vagueia outra vez.
Demora-se como os gatos ao Sol.
Deus gargalha as horas na maior indecência divina.
E eu fico olhando-nos por dentro do tempo que nos trespassou.
Trapaceou.
Penso se teremos tempo para outro encontro...
Atempado.
A tempo de tudo curar.
Depois o tempo esgota.
Depois Deus troça.
Eu dou todo o tempo ao tempo e fico a zeros.
E espero demais para alcançar.
E vejo a equação do depois fugir.
Tu lá sabes...
E eu, que vivo sem tempo de estar,
Dobro-me em penas vendo o tempo passar.
E com esta mariquice toda, é meio-dia e não disse que te Amo.
Lisboa, 13-05-2013
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLer-te faz-me eriçar os bigodes de gato. Atrai-me a voz com que leio as palavras, a voz que é tua, atrai-me a pele a preto e branco com que te imagino por vezes... é engraçado pois assim como Deus te vê e te rouba horas, Eu vejo-te e ganho tempo e prazer. Acho-te linda.
ResponderEliminarOh! Eis que passados uns bonitos 6/7 aninhos, volto a ter um comentário do Gato num blog meu! Estou vaidosa! Muito vaidosa! :D
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